terça-feira, maio 18, 2010

FÓRMULA INDY - 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS

DEPOIS DE UMA MANHÃ DE TERÇA(18) CHUVOSA, À TARDE O TEMPO DEU UMA TRÉGUA E OS CARROS VOLTAM PRA PISTA NO OVAL DE INDIANÁPOLIS EM MAIS UM TREINO PREPARATIVO PARA O POLE DAY DAS 500 MILHAS.
NUMA PROVA QUE CONTARÁ COM 39 CARROS INSCRITOS CERCA DE 34 PILOTOS JÁ ESTÃO CONFIRMADOS NESTA QUE SERÁ A 93ª EDIÇÃO DESTA TRADICIONAL CORRIDA.

NOVAS REGRAS PARA O POLE DAY

Uma classificação que pode valer o título. Essa pode ser uma das definições do novo formato do Pole Day — o dia em que é definido quem larga na frente nas 500 Milhas de Indianápolis. A principal novidade é a implantação de uma disputa entre os nove melhores, visando a pole-position na mais tradicional prova do automobilismo norte-americano.

O sistema de definição da pole de 2010 dará pontos a todos os 33 pilotos classificados para a tradicional corrida, com a garantia dos 24 primeiros lugares do grid, além de ter uma sessão final, na qual os nove mais rápidos disputarão a posição de honra na largada. Nessa sessão, realizada no dia 22 de maio, os pilotos darão ao menos uma sequência de quatro voltas no período de uma hora e meia. Os três primeiros colocados também ganharão prêmios em dinheiro, sendo que o pole vai faturar US$ 175 mil — R$ 305 mil reais.
No novo sistema, o pole marcará 15 pontos, enquanto o segundo colocado anotará 13 e o terceiro 12. Do quarto ao nono colocados, serão distribuídos de 11 a seis pontos. Já os pilotos que ficarem entre a décima e a 24ª colocação receberão quatro pontos. Quem se classificar entre a 25ª e a 33ª ficará com três pontos.

Jeff Belskus, diretor-executivo do circuito de Indianápolis, disse que o novo formato do Pole Day vai beneficiar os fãs da categoria. “Esse novo formato para a classificação das 500 Milhas vai proporcionar mais ação e intensidade aos torcedores. Todos os pilotos sairão durante a primeira sessão para participar da disputa pela pole. Eles terão de cavar muito mais fundo para encontrar velocidade para conseguir a pole nos 90 minutos finais”, comentou.

“E ainda teremos a disputa pelas últimas vagas no Bump Day, com todo o drama dos minutos finais com o sistema de cortes que gerações de fãs adoram em Indy”, lembrou, referindo-se à disputa pelas últimas nove vagas no grid da corrida, depois de os 33 carros se classificarem.

Já Brian Barnhart, presidente de competições da IRL, comentou o novo sistema de classificação. Ele acredita que a disputa pela pole será mais dificultará as coisas para os times. “Equipes e pilotos que chegarem à parte final da classificação terão de tomar uma decisão antes de sua volta inicial no ‘fast nine’, quando eles terão de tentar melhorar sua posição no grid na última tentativa”, analisou o ex-presidente da assossiação de rodeios dos EUA.

“Eles não estarão apenas tentando uma melhor posição de largada, mas eles buscarão acumular o maior número de pontos que puderem, pontos que podem fazer a diferença no final do campeonato”, finalizou o dirigente.

OS TREINOS DE TERÇA(18)

Apesar da chuva e do acidente de Ernesto Viso, Scott Dixon liderou o terceiro dia de treinos para as 500 Milhas de Indianápolis, disputados nesta terça-feira (18), quebrando o domínio de Helio Castroneves, que liderou as sessões anteriores. Os carros só foram para a pista no período da tarde por causa da chuva que caiu durante a manhã. O neozelandês da Ganassi, que marcou 39s9329, foi seguido pelo brasileiro Mario Moraes, da KV, que ficou pouco mais de 0s1 atrás do bicampeão da Indy.


A terceira colocação ficou com o norte-americano Marco Andretti, da Andretti. Em seguida apareceu o canadense Alex Tagliani, da FAZZT e o inglês Dan Wheldon, da Panther, na quinta colocação. O brasileiro Tony Kanaan, da Andretti, ficou em sexto, logo à frente do escocês Dario Franchitti, da Ganassi, o sétimo.

Helio Castroneves, da Penske, atual vencedor da corrida, terminou o dia em oitavo. Will Power, líder do campeonato e companheiro de Helio, foi o nono colocado. A suiça Simona Di Silvestro fechou entre os dez primeiros.

Dentre os outros brasileiros, Vitor Meira, da Foyt, ficou em 16º, Raphael Matos, da De Ferran/Luczo Dragon, em 25º e Bia Figueiredo, que estreia na prova, em 31º. A pilota volta ao carro da Dreyer & Reinbold depois de ter participado da prova em São Paulo, etapa de abertura do campeonato.
Mario Romancini, outro novato, ficou em 34º, e Bruno Junqueira, que participa da corrida pela FAZZT, não treinou, mas esteve presente no autódromo.
A primeira bandeira amarela da sessão apareceu após duas horas de atividades, depois que Moraes rodou na faixa interna da curva, chegando a raspar seu carro no muro, sem maiores danos. O brasileiro conseguiu chegar aos boxes sem problemas. Depois de alguns minutos, a pista foi aberta novamente.

A segunda paralisação veio após cerca de três horas de atividades, para uma inspeção da pista. Nuvens negras circundavam o oval e a chuva poderia começar a qualquer minuto. A terceira amarela surgiu graças à umidade no asfalto. Durou pouco, assim como a verde, já que logo começou a cair alguns pingos d’água em Indianápolis.

A insistente bandeira verde liberou a pista novamente. Alguns pilotos completaram voltas, mas ninguém baixou as marcas atingidas anteriormente.

Bia Figueiredo voltou à pista nos últimos 15 minutos, junto de dois dos seus companheiros de equipe, o inglês Justin Wilson e o sul-africano Tomas Scheckter. Eles completaram algumas voltas utilizando um jogo de vácuo, provavelmente visando acertar os carros para a corrida, já que nenhum deles melhorou seus tempos.

Quando faltavam dez minutos para o final da sessão, Ernesto Viso sofreu um acidente na Curva 1, destruindo a traseira de sua KV. Com essa amarela, as atividades do dia foram encerradas.

O dia também foi marcado pelo anuncio da desistência da equipe 3G, que havia inscrito um carro para a prova. Agora 39 carros tentarão se classificar para largar em uma das 33 vagas disponíveis.