sexta-feira, agosto 26, 2011

AUDI R8-GT, UM SONHO DE CONSUMO... PRÁ POUCOS!!


A 330 km/h você percorre cerca de 91 metros por segundo. Nessa velocidade é possível reduzir o tempo de viagem entre Rio de Janeiro e São Paulo de quatro horas, em média, para 1h20. Nada mal, não é? E para isso não precisa nem gastar R$ 39 bilhões na construção de um trem-bala. Bastaria “apenas” R$ 1 milhão, preço de cada um dos três Audi R8 GT vendidos no Brasil - cuja venda, aliás, foi antecipada com exclusividade pelo WebMotors.

Baseado no mais bem sucedido superesportivo da marca, o modelo justifica a sigla extra no nome com menos peso, mais potência e, claro, desempenho superior. Os 100 quilos perdidos no regime à base de peças mais leves (e eliminação de outras) são acompanhados por 40 cv a mais no V10 de 5,2L, que agora gera 560 cv. Apesar de continuar sendo um bujãozinho (1.525 kg), o R8 GT acelera mais rápido e vai mais longe. O 0 a 100 km/h é cumprido em 3,6 s e sua velocidade máxima é de 330 km/h.

Para evitar a retirada de mimos como ar-condicionado e sistema de som Premium, a Audi buscou aliviar o peso do R8 em outros lugares, como nos retrovisores e no aerofólio traseiro, que agora são de fibra de carbono. O material também está presente nas entradas de ar laterais, no painel e nos novos splitters dianteiros – essas pequenas asinhas nas laterais dos para-choques dianteiros.

O regime também afetou áreas menos visíveis, como o carpete mais fino (- 7 kg) e a pintura sem verniz (- 2 kg). A massa perdida pode não ser significante em um carro que dificilmente rodará nos autódromos, mas ajuda a justificar o preço 43 % maior do modelo. A limitação da produção a 333 unidades, numeradas na manopla de câmbio, complementa o pacote de exclusividade.

VDO
Porém nem o maior volume possível de informações pode convencer os mais céticos. Por isso a Audi optou por apresentar seu modelo de passeio mais rápido da história em um local adequado: o aeroporto da Embraer em Gavião Peixoto. Com a maior pista de pouso e decolagem da América (e terceira maior do mundo), o complexo tem uma reta de cem metros de largura e cinco quilômetros de comprimento.

Por segurança o teste de velocidade máxima foi realizado nos 3,4 quilômetros iniciais, com 500 metros de área de frenagem. A reserva de 1,2 km foi por precaução, já que era possível parar o modelo com tranquilidade sem precisar descobrir a capacidade máxima dos freios de cerâmica do esportivo.

A fabricante complementou a brincadeira com uma saudável gincana: com o carro equalizado para compensar a diferença de peso entre os motoristas e o combustível gasto (eram 5 litros de gasolina podium a cada passagem), a Audi quis descobrir qual jornalista ia mais rápido. Representando o WebMotors, cheguei a 318,468 km/h. Pouco se comparado ao campeão, com 324 km/h, mas mais do que o suficiente para eu ver do que o R8 GT é capaz.

Nessa velocidade o couro revestido de Alcantara (pronuncia-se Alcantára) permite uma pegada precisa, já que mesmo a mais suada das mãos não escorrega neste material. O banco (e único opcional) Sport apóia o motorista perfeitamente, auxiliado pelo cinto de quatro pontos. Um pouco mais confortável, o banco esportivo elétrico não segura tão bem, mas facilita o acesso ao interior “compacto” do R8 GT. Não há opção de câmbio manual, mas isso não é problema. O câmbio automatizado R-Tronic e com uma embreagem, consegue ser tão eficiente e rápido quanto seus “primos humildes” S-Tronic/DSG, de duas embreagens.

Provavelmente nenhum dos três felizardos donos do R8 GT chegarão à velocidade máxima dos bólidos que acabaram de adquirir. Porém só o fato de você saber do que seu carro é capaz de fazer já compensa o investimento gasto e vira combustível para uma mesa de bar. Aliás, preciso tomar uma cerveja com um colega que se achava rápido...










Fonte(WebMotors)