terça-feira, maio 25, 2010

UM PURO SANGUE

XERETANDO EM SITES DE AUTOMOBILISMO ACABEI ENCONTRANDO UMA MATÉRIA QUE SAIU NA REVISTA ON LINE WEB MOTORS SOBRE UM CHEVROLET CAMARO SS PROCHARGER, IMPORTADO DOS EUA E JA VENDIDO AQUI NO BRASIL. OLHEM E BABEM, PARABÉNS AO COMPRADOR REALMENTE TEM BOM GOSTO.
"Há quem diga que não faz sentido ter um carro potente para andar na cidade. Os congestionamentos estão cada vez maiores – e as ruas, menores. Racionalmente falando, nada justifica pagar pelo combustível gasto por centenas de cavalos sob o capô quando apenas algumas dezenas já seriam suficientes para o anda e para das metrópoles. Porém, como constatei nesta avaliação exclusiva do WebMotors, não há razão que sobreviva aos 570 cv roncando pelo escapamento MagnaFlow de um Chevrolet Camaro SS ProCharger.

O carro em que demos algumas voltas foi uma unidade trazida ao Brasil pela loja e importadora Só Veículos, de São Paulo. Originalmente com 426 cv, o V8 de 6,2-litros do Camaro recebeu um compressor radial, intercooler, reprogramação da injeção eletrônica e escapamentos redimensionados. Se as alterações são complicadas de explicar, o resultado é compreensível para todos: um lobo em pele de lobo.

Normalmente, apresento o carro de fora para dentro, para depois falar como é dirigir o modelo. Contudo, vamos deixar os detalhes para depois e ir direto ao ponto: as reações desse americano (nascido canadense) anabolizado.

De parar o trânsito
Sair de qualquer loja na movimentada rua Augusta requer certa dose de paciência para esperar a boa vontade dos outros motoristas. Contudo, com o Camaro fica mais fácil parar o constante trânsito da via. Antes mesmo que o segurança da loja pedisse a licença de outros veículos, sedãs de luxo e populares pararam para permitir a saída do imponente esportivo preto da loja. Após apontar o longo capô para o nosso destino, o grave ronco do V8 deixado para trás deve ter sido interpretado pelos motoristas que me seguiam com os olhos como um agradecimento pela passagem dada.

Adianto que o barulho não foi intencional. Mesmo deslocando o pedal do acelerador apenas alguns milímetros, demorei um pouco para aprender a conter os 570 cv despejados no eixo traseiro. Peço desculpas ao funcionário da loja que me acompanhava pelo tranco dado e continuei seguindo para meu passeio.

Durante o trajeto, cheguei a um inevitável congestionamento. Com tantos cavalos enclausurados e incapazes de fazer algum mal ao (ruim) asfalto sob os enormes pneus traseiros 275/40 R20, optei por aproveitar o conforto da transmissão automática de seis marchas e comecei a observar o interior.

Round-Square

A expressão que virou moda nos últimos anos devido ao iPod (e agora também pelo Novo Uno) pode ser aplicada no interior do Camaro. Assim como o exterior, o design da cabine é retrô, com diversos elementos inspirados nos modelos da Chevrolet dos anos 1970. O visual quadradão pode ser visto nas molduras de todos os medidores, passando pelos grandes conta-giros e velocímetro até os quatro pequenos mostradores à frente do câmbio, no console central.

Estão lá: voltímetro, pressão e temperatura do óleo do motor e temperatura do óleo do câmbio. Pouco úteis nos carros modernos, os instrumentos remetem aos esportivos de quatro décadas atrás, cuja confiabilidade era diretamente ligada ao bom monitoramento do motor. Os ângulos retos continuam nas saídas de ar, cujo formato retangular remete ao tempo em que ar-condicionado não frequentava sequer a lista de opcionais da maioria dos carros.

Felizmente essa era passou, e o ar-condicionado me ajudou a enfrentar, ao lado da direção hidráulica, o trânsito pesado de São Paulo. Saindo do fluxo de veículos, consegui ingressar em uma avenida pouco movimentada para aproveitar os 6,2-litros do V8 do Chevrolet.

There’s no replacement for displacement

Um velho ditado Americano afirma que “nada substitui a cilindrada”. Para os sobrinhos do Tio Sam, um grande V8 com muitos litros de deslocamento significa muito torque a baixas rotações. Ao contrário dos europeus, os americanos preferem muita força sempre disponível, contrariando a tendência do “downsizing”, onde motores menores com elevada otimização (como sobrealimentação) substituem blocos de grande cilindrada.

Porém justiça seja feita: assim como os modelos europeus, este Camaro também passou por uma otimização no motor. A diferença é que a ProCharger opta pela adoção do compressor, ao invés do turbo. Na prática, a força extra dada ao motor vem em qualquer rotação, enquanto o turbo depende da velocidade dos gases do escape – e de rotações mais elevadas.

Isso ajuda a explicar porque este Camaro é tão sensível no acelerador. Com estimados 558,6 Nm (57 kgfm) de torque a 4.900 rpm, o cupê poderia subir uma ladeira puxando um microônibus – que, aliás, tem menos força que este Chevrolet. Mas o esportivo está longe de ser incontrolável. Basta alguns minutos para se acostumar com o torque descomunal e dirigir como qualquer outro motorista – até em valetas.

Nariz empinado

Durante o trajeto em um bairro nobre, havia uma generosa valeta em uma esquina. Percebi quão ingrata seria a tarefa de passar por lá ao ouvir o ruído de metal e plástico gerado por um Peugeot 307 raspando o para-choque frontal na trincheira urbana. Controlando os freios Brembo para ir o mais devagar possível, me surpreendi com o som do silêncio. “Esse carro é alto, não precisa se preocupar”, me tranquilizou o funcionário da loja.

O ar superior do carro se mantém nos faróis de xenônio contornados por um círculo similar ao “Angel Eyes” da BMW, dando uma cara de mau para o esportivo. A dianteira agressiva é completada pela entrada de ar frontal e capô abaulado. Largos para-lamas traseiros dão destaque para os duplos escapes, que emitem um som abafado e grave, típico dos V8.

O nariz empinado do Camaro não levanta nas fortes acelerações do qual ele é capaz, graças à suspensão independente nas quatro rodas. Segundo a fábrica, o LS3 acelera de 0 a 98 km/h em 4,7 segundos – espere um número menor neste ProCharger. Pena que não pudemos medir a aceleração nem a velocidade máxima (limitada a 248 km/h) deste Camaro.

Dá para financiar?

No retorno para a loja, o segurança (que novamente não precisou parar o trânsito para eu manobrar o Camaro) me questionou o que achei. Brinquei perguntando se era possível negociar o preço, de R$ 319 mil. Infelizmente não deu tempo de conferir o saldo da conta: a unidade avaliada foi vendida poucos dias após esta avaliação.

Claro, o carro tem defeitos. O volante possui aro grosso, dificultando bastante a pegada. O vidro traseiro é minúsculo e o para-choque traseiro só fica a salvo de raladas em manobras graças aos sensores de estacionamento. Além disso, o proprietário terá a ingrata tarefa de furar o para choque dianteiro, que não foi projetado para receber placas – nos Estados Unidos somente a traseira é obrigatória. Alguns dirão que, racionalmente, não faz sentido comprar um esportivo dessa estirpe. Para eles, recomendo uma voltinha no Camaro ProCharger."


FICHA TÉCNICA – Chevrolet Camaro SS ProCharger 2010

MOTOR Quatro tempos, oito cilindros em ”V”, longitudinal, refrigeração a água, 6162 cm³
POTÊNCIA 570 cv (estimado) a 5.900 rpm
TORQUE 558,6 Nm (estimado) a 4.600 rpm
CÂMBIO Automático de seis marchas
TRAÇÃO Traseira
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 20” de liga-leve
PNEUS Dianteiros 245/45 R20 e traseiros 275/40 R20
COMPRIMENTO 4,84 m
ALTURA 1,38 m
LARGURA 1,92 m
ENTREEIXOS 2,85 m
PORTA-MALAS 320 l
PESO (em ordem de marcha) 1.770 kg
TANQUE 72 l
SUSPENSÃO Dianteira e traseira independente, tipo multibraço
FREIOS Discos ventilados na dianteira e traseira
CORES -
PREÇO R$ 319.000 (unidade avaliada)
Fonte (WEB Motors)

FÓRMULA INDY - 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS - "O GRID"

Serão ao todo 13 países presentes com 33 pilotos que estão atrás de um sonho. Um deles em especial, mais do que um sonho, ele quer ficar na história com os maiores daquele circuito de um pouco mais de 2 milhas de distância. E cada um com uma história diferente da outra.
Helio Castroneves busca o infinito, ao tentar a quarta vitória e ficar ao lado de lendas com Rick Mears, AJ Foyt e Al Unser Sr. Será um honra que valerá muito mais do que o próprio título da Indy, uma obsessão do piloto brasileiro faz algum tempo.
Outros pilotos buscam marcar seu rosto no troféu de Indianapolis pela segunda vez, como Dixon, Wheldon e Franchitti.
Townsend Bell quer surpreender este ano de novo, depois de um surpreendente 4° lugar na prova do ano passado
Tomas Scheckter, veterano dos ovais americanos, comprova como foi acertada a escolha da equipe da equipe Dreyer & Reinbold pelos pilotos Justin Wilson e Mike Conway para a temporada 2010. Mesmo ambos com os mesmos carros e na mesma equipe, Wilson e Conway ficaram a frente do experiente sulafricano.
Na disputa feminina, Ana Beatriz Figueiredo demonstra força em cima de suas rivais, largando a frente de Simona de Silvestro e Danica Patrick. E por muito pouco não tivemos uma fila inteira de mulheres.
Bruno Junqueira, que já conseguiu a pole no tradicional circuito, foi “na marra” e conseguiu um lugar no grid, mesmo com o carro sem patrocinador e pouco acertado, e uma clara demonstração de apoio de Alex Tagliani, piloto e dono da equipe Fazzt, que no ano passado correu no lugar dele na Conquest após Junqueira conseguir classificar o carro para a prova.
Sarah Fisher continua a fazer história e com o seu carro próprio, consegue colocar a 4° mulher no grid.
Takuma Sato, Tony Kanaan e Sebastian Saavendra são casos a parte. Takuma Sato sofreu um forte acidente antes do Pole Day que prejudicou muito o seu desempenho. TK bateu com o carro titular e com o carro reserva, fazendo com que suas chances diminuíssem bastante. E Sebastian Saavendra sofreu o acidente mais forte de todos hoje, após conseguir o tempo que valeu um lugar no grid.
Milka Duno e Paul Tracy, dois pilotos com apoio financeiro forte mas que estão longe de estar na elite dos competidores deste ano (Tracy poderia estar se estivesse 20 quilos mais magro), verão a corrida deste ano de fora.

A corrida mais tradicional do calendário mundial será disputada no domingo(30) e terá transmissão ao vivo pela tv.

Veja abaixo a lista de pilotos (equipes) e suas nacionalidades:

Estados Unidos (9): Danica Patrick, John Andretti, Marco Andretti e
Ryan Hunter Reay (Andretti Autosport), Ed Carpenter (Vision/Panther
Racing), Graham Rahal (Rahal Letterman Racing), Davey Hamilton (De
Ferran Dragon Racing), Sarah Fisher (Sarah Fisher Racing) e Townsend
Bell (Sam Schmidt Motorsports).
Brasil (8): Bia Figueiredo (Dreyer & Reinbold Racing), Bruno Junqueira
(FAZZT Race Team), Hélio Castroneves (Penske), Mario Moraes (KV Racing
Technology), Mario Romancini (Conquest Racing), Raphael Matos (De
Ferran Dragon Racing) Tony Kanaan (Andretti Autosport) e Vitor Meira
(A. J. Foyt).
Inglaterra (4): Alex Lloyd (Dale Coyne Racing), Dan Wheldon (Panther
Racing), Justin Wilson e Mike Conway (Dreyer & Reinbold).
Austrália (2): Ryan Briscoe e Will Power (Penske)
Japão (2): Hideki Mutoh (Newman Haas Racing) e Takuma Sato (KV Racing
Technology)
África do Sul (1): Tomas Scheckter (Dreyer & Reinbold Racing)
Bélgica (1): Bertrand Baguette (Conquest Racing)
Canadá (1): Alex Tagliani (FAZZT Race Team)
Colômbia (1): Sebastian Saavedra (Bryan Herta Autosport)
Escócia (1): Dario Franchitti (Chip Ganassi)
Nova Zelândia (1): Scott Dixon (Chip Ganassi)
Suiça (1): Simona de Silvestro (HVM Racing)
Venezuela (1): Ernesto José Viso (KV Racing Technology)