Nem tudo se encaixa nas mil maravilhas anunciadas pela Indy após a escolha do novo carro da categoria. Tudo porque os chefes das equipes demonstraram descontentamento com a mudança de carro. Os atuais Dallara serão substituídos por um novo modelo, que permite às equipes comprarem ou até produzirem peças de determinadas partes.
Mas, segundo informou o site do canal Speed, muitos dos donos das equipes são contra a mudança, culpando questões financeiras e a direção da Indy que, segundo eles, não os procurou para saber se a mudança de carro era bem vinda.
Tony Cotman, o responsável pela elaboração das regras para a escolha do novo carro, disse que em Sonoma soube do burburinho que rolava nos bastidores da categoria. “Foi o que me disseram. Eu disse a eles que não concordava [com a revolta], mas meu trabalho foi arrumar um acordo para o novo carro, e não responder a uma revolta de donos de equipes”, comentou. “Esse era um problema da liga”, completou.
Quase todos os dirigentes se uniram para manifestar preocupação com a troca de carros. AJ Foyt, que não estava presente, e Gil de Ferran, que se absteve – ele foi o representante das equipes no Iconic, grupo criado para escolher o novo carro – não participaram de tal encontro.
Eric Bachelart, dono da Conquest, disse que as equipes nunca foram consultadas para saber se queriam um novo carro. “A liga decidiu fazer um novo carro e nunca consultou as equipes. Todos estamos pensando em como seremos capazes de pagar por novos equipamentos com a atual situação financeira e os valores da categoria”, bradou o dirigente, que tem dois carros correndo em toda a temporada.
“Perguntamos ao Tony Cotman qual seria nosso investimento para ter um novo carro e ele não foi capaz de nos dizer, então estamos um pouco desconfortáveis”, completou.
As reclamações não são exclusivas de Bachelart. Outro chefe de equipe, que não quis ver sua identidade revelada, pegou mais pesado com a categoria.
“Isso não é uma revolta e nós não estamos criando uma nova categoria. É simples: nós não temos dinheiro para comprar novos carros. Roger (Penske) e Chip (Ganassi) estão dizendo a mesma coisa. Mas a Indy assinou um contrato com a Dallara para gastar nosso dinheiro sem nosso consentimento e somos nós que estamos pagando”, revelou. “O que eles farão se ninguém comprar os carros?”, desafiou.
Randy Bernard, diretor executivo da Indy, disse que a decisão já foi tomada e que a categoria não vai voltar atrás. “Assinamos contratos com a Honda e a Dallara e trabalhamos de boa fé com o estado de Indiana e não vamos voltar atrás. A principal queixa deles era baixar os preçõos e é isso que estamos fazendo”, salientou.
“Gil (de Ferran) enviou três paginas com questões e eu não me lembro de tantos donos de equipes mencionando a possibilidade de adiar a mudança para 2013. Esse não era um grande incômodo, então porque se tornou agora?”, questionou.
Dennis Reinbold, um dos sócios da Dreyer & Reinbold, afirmou que o encontro não foi uma revolta, mas sim uma busca por esclarecimentos. “Foi uma questão de endereçar nossas queixas, porque há muita coisa desconhecida e queremos uma posição [da categoria]. Expusemos nossas sugestões e, basicamente, compartilhamos nossos ideias", diss“Sabemos que temos de mudar algumas coisas, mas talvez muitos dos atuais componentes [do carro de 2003] podem ser aproveitados. E talvez podemos usar kits de atualizações, pois isso seria muito mais responsável no âmbito fiscal”, completou.
AJ Foyt tem outra ideia dos protestos e afirmou que algumas equipes queriam ver o Delta Wing – carro revolucionário que concorreu para entrar na Indy – sendo escolhido. “Não sei o que a maioria deles quer e você não pode mudar de ideia a cada cinco minutos. Alguns desses caras que queriam o Delta Wing estão reclamando de que estamos obsoletos em tudo que temos, mas acredito que aconteceria o mesmo se usássemos o Delta”, contou.
“Sabemos que temos de mudar algumas coisas, mas talvez muitos dos atuais componentes [do carro de 2003] podem ser aproveitados. E talvez podemos usar kits de atualizações, pois isso seria muito mais responsável no âmbito fiscal”, completou.
AJ Foyt tem outra ideia dos protestos e afirmou que algumas equipes queriam ver o Delta Wing – carro revolucionário que concorreu para entrar na Indy – sendo escolhido. “Não sei o que a maioria deles quer e você não pode mudar de ideia a cada cinco minutos. Alguns desses caras que queriam o Delta Wing estão reclamando de que estamos obsolet“Falei com a Dallara e eles fazem o que disseram. Acredito que será um bom acordo. Só sei que quero que as corridas fiquem mais baratas ou então sairei disso tudo”, concluiu.
Os novos carros custarão U$ 350 mil, mas as equipes que tiverem sede no estado de Indiana terão um desconto de U$ 100 mil. Os atuais carros custam U$ 700 mil.
os em tudo que temos, mas acredito que aconteceria o mesmo se usássemos o Delta”, contou.
Fonte GP
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