segunda-feira, julho 13, 2009

DICAS DE TRÂNSITO

CINTO DE SEGURANÇA NO BANCO DE TRÁS.


A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia fez uma pesquisa e o resultado apontou que 74% dos passageiros ouvidos não usam o cinto de segurança no banco de trás dos veículos. Ao todo, 80% das mortes registradas no banco da frente poderiam ser evitadas se, na hora do acidente, os passageiros de trás estivessem com o cinto de segurança.A cena se tornou comum. O motorista senta no carro e puxa o cinto de segurança. O carona segue o exemplo e também coloca o cinto. Estáticos, os ocupantes do banco de trás permanecem quietos como se achassem estar protegidos de qualquer acidente. Um grave erro que já custou inúmeras vidas no trânsito brasileiro. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), de cada dez pessoas lesionadas em colisões nas vias e estradas brasileiras, oito encontravam-se no banco traseiro dos veículos. O que representa 80% das vítimas. Para o coordenador geral de infra-estrutura de trânsito do Denatran, Orlando Moreira da Silva, os passageiros do carro precisam ter a consciência da necessidade de se usar o cinto inclusive no banco de trás.
“ O cinto visa exatamente a proteger esses ocupantes, mantendo-os presos ao assento do veículo ”
- Imagine um veículo a 50km/h. Quem está viajando dentro se desloca na mesma velocidade. Numa desaceleração rápida, que é o que acontece numa colisão, os ocupantes se deslocam naquela velocidade e são projetados para frente num primeiro momento. O cinto visa exatamente a proteger esses ocupantes, mantendo-os presos ao assento do veículo - explica o coordenador. O presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) lembra que, numa batida brusca como as de trânsito, o peso da pessoa pode até triplicar em milésimos de segundo:
- No exemplo do carro que anda a 50km/h, no caso de uma batida em que uma pessoa de 70kg está no banco traseiro, seu peso passaria, no impacto, a ser de 2.450 kg, ou seja, 35 vezes mais. São quase duas toneladas e meia. É como se a pessoa estivesse se transformando num elefante dentro do carro. O suficiente para esmagar a cabeça, o tórax e o abdomen de quem estiver na frente. Aos que desconfiam da eficiência do cinto, Orlando lembra que ele foi projetado e utilizado durante a Segunda Guerra Mundial para que os pilotos de aviões que precisassem fazer pousos forçados não fossem jogados para fora da aeronave. Comprovada a qualidade, a indústria automobilística aproveitou a invenção para trazer mais segurança aos ocupantes do veículo.
- Numa colisão, o peso projetado é enorme, o que acaba trazendo seqüelas para os ocupantes do banco da frente e para os que estiverem atrás. Ele evita que a pessoa sofra o segundo retorno depois da batida, que pode trazer sérios problemas na cabeça, além do efeito chicote, quando você é jogado de um lado para o outro como nos casos de capotagens ou tombamentos - acrescentou.
Lesões graves
São diversas as lesões que podem ser causadas em quem não usa o cinto de segurança no banco traseiro. De acordo com Musafir, os traumas são causados tanto nos ocupantes da frente quando nos de trás.
- Quem está no banco da frente pode sofrer traumas de crânio e tórax porque a pessoa passa a ser impulsionada por quem está no banco de trás. Ao passageiro do banco de trás podem ocorrer traumas do crânio, do abdome, fraturas na bacia e nos membros superiores e inferiores, principalmente dos ossos longos - afirma o presidente da Sbot.
“ Os hospitais estão superlotados porque lamentavelmente não chega a 20% o número de pessoas que usam o cinto ”
Musafir conta que as emergências dos hospitais estão superlotadas exatamente porque o número de pessoas que usam o cinto de segurança no banco traseiro ainda é muito pequeno.
- Por isso nos preocupamos em alertar e orientar as pessoas. Os hospitais estão superlotados de vítimas de trânsito porque lamentavelmente não chega a 20% o número de pessoas que usam o cinto de segurança no banco traseiro. Isso facilita e impulsiona a situação de risco, aumentando a probabilidade de lesões. E são situações absolutamente evitáveis, basta usar o cinto, fiscalizar, educar. São medidas que certamente diminuiriam bastante os acidentes.
Vale ainda salientar que o não uso do cinto de segurança, tanto para o condutor do veículo como para os passageiros, incidirá em multa no valor de R$ 127,00 e cinco(5) pontos na CNH do motorista.
Portanto, preservem a vida!
USEM O CINTO, ou SINTO MUITO!

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