
Contra o gauchinho, além do calor de 48 graus na pista, um grupo seleto de 30 pilotos disputando de igual para igual o título. Victor liderou os últimos treinos livres e partiu confiante para tomada de tempo, classificando-se na segunda posição.
Na primeira bateria, sexta-feira, como era de se esperar, os pilotos deram show na pista e oito deles brigaram praticamente o tempo todo pela vitória. Na largada Vinícius Balbuena, o pole, se manteve na ponta e logo depois foi a vez de Victor Hugo assumir a liderança. Um trenzinho se formava atrás dele e quando faltavam quatro voltas para o final, numa disputa de posição, foi fechado e acabou se enroscou com Balbuena, onde Giuliano Raucci aproveitou-se da oportunidade para assumir a ponta e vencer a bateria. Matzenbacker voltou para briga e conseguiu se recuperar, terminando no segundo posto.
A segunda e ultima bateria realizou-se no sábado e foi eletrizante. A primeira largada foi anulada em razão do capotamento de Otávio Maia Neto, que nada sofreu. Na segunda Giuliano manteve a ponta e Victor caia de segundo para quarto, mas logo recuperou-se e tratou de atacar Raucci em busca do título. Os dois disputaram por várias voltas, até que Matzenbacker assumiu a liderança e o duelo continuou até abertura da última volta onde Raucci passou Matzenbacker, que deu o troco na última curva e os dois pilotos entraram juntos na reta final, chegando lado a lado, com a cronometragem apontando uma diferença de 0.000 segundos, o que deixava o título indefinido.
Segundo o comissário desportivo Bruno Baronio, os dois pilotos foram considerados vencedores da bateria e ambos ganharam 11 pontos. Mas com a decisão, o título acabou ficando com Raucci, que com a vitória da primeira bateria somou 22 pontos, contra 20 do vice Matzenbacker.
Apesar de filmagens e fotografias mostrando com mínima diferença que o bico do kart de Victor passou na linha de chegada antes do de Giuliano, os sensores não a registraram e a decisão não pôde ser revertida, apesar do recurso impetrado pela equipe.
Para todos os presentes no kartódromo baiano, o espetáculo proporcionado pelos garotos foi sensacional, pois muitos que torciam pelo gauchinho acabaram se emocionando com o resultado. "Acreditei do começo até o fim, e fui vencedor, assim como Giuliano e só posso agradecer aos meus pais, equipe e colaboradores que me propiciaram correr mais uma vez, aos meus amigos e pilotos que me apoiaram e as muitas pessoas que eu não conhecia e que me abraçaram e me incentivaram ainda mais”, agradeceu Victor Hugo.
André Matzenbacker, pai do piloto, avalia: "Acho que o Victor Hugo conquistou todo aprendizado que podia na Cadete. Ele mostrou-se mais uma vez ser um piloto constante e principalmente um guerreiro na pista, o que nos orgulha muito".

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