domingo, julho 26, 2009

A Força do Impacto

A mola que atingiu o capacete de Felipe Massa e originou o grave acidente do piloto brasileiro nos treinos classificatórios do GP da Hungria pode ter gerado um impacto de 152 kg.
O cálculo teve a ajuda do físico e professor da ESPM, Julio César Bastos de Figueiredo, 42 anos. Para realizar a conta, o professor supôs o seguinte cenário: a mola que teria sido "cuspida" na pista pelo carro de Rubens Barrichello tem 12 cm de diâmetro e 500 g de peso; e que Felipe Massa estava a 280 km/h (velocidade média que os pilotos realizam a curva quatro de Hungaroring).
"Nesse cenário, o impacto no capacete de Felipe Massa seria equivalente ao que receberia um homem que estivesse deitado no chão e a mesma mola fosse jogada do alto de um prédio de 300 metros, como o Empire State, de Nova York", explicou o físico.
Apesar da gravidade do acidente, pode se dizer que o impacto em Felipe Massa foi um tanto "leve". "Os capacetes dos pilotos de Fórmula 1 são projetados para receber impactos de até 600 kg", explica o físico.
"O corte gerado no rosto de Felipe provavelmente aconteceu pelo aprofundamento do capacete gerado pelo choque. Mas o capacete resiste sim e resiste bem", disse.
Longa desaceleração pode ter evitado o pior
Outra cena impressionante do acidente de Massa foi o choque contra o muro de pneus. Desacordado, o piloto acelerou e freou ao mesmo tempo antes de entrar na área de escape, na qual a Ferrari perdeu um pouco de sua aceleração antes de parar por completo. Graças a esse espaço e tempo maior para a parada completa do carro - além da proteção do cockpit - Felipe Massa não sofreu danos maiores.
"Força da gravidade na batida foi de 5G (cinco vezes a força da gravidade). Seria o mesmo que levantar o carro a cinco metros de altura e soltá-lo no chão com o bico para baixo. A espinha humana aguenta no máximo 7G, mas isso sem apoio algum, o que não acontece nos carros de Fórmula 1. A desaceleração que ocorreu neste caso fez com que o impacto nos pneus não fosse tão forte assim. Se fosse direto no muro, sem proteção ou desaceleração, A força G seria bem maior", explica o físico.
Fonte:(Terra Esportes)

Nenhum comentário: